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Currículos com passagens curtas realmente indicam instabilidade?

  • erikarnovais4
  • 14 de fev.
  • 2 min de leitura

É comum que recrutadores descartem candidatos apenas porque tiveram passagens breves em algumas empresas. Mas será que estamos analisando isso da forma correta?


Carreira não é uma linha reta, e um histórico profissional com mudanças frequentes pode contar uma história muito mais interessante do que parece à primeira vista.


Se um profissional passou por três empresas seguidas em menos de um ano, mas antes disso teve experiências sólidas, isso de fato indica um problema?


Sim, há perfis que pulam de empresa em empresa sem encontrar um caminho claro, e isso acontece com mais frequência do que se imagina. Buscam a empresa perfeita, o gestor ideal, o time dos sonhos, mas nunca permanecem o suficiente para construir algo sólido. Quando confrontados, justificam as mudanças com problemas externos, mas o padrão se repete indefinidamente.


Mas é preciso investigar. E investigar não significa julgar—significa entender. Será que sempre olhamos para os dois lados? E se, em alguns casos, a dificuldade de retenção estiver mais na empresa do que no profissional?


Como diferenciar um profissional que está em busca de crescimento de alguém que apenas não se encontra?


Antes de tomar qualquer conclusão precipitada, é essencial fazer as perguntas certas:



1. Motivação e contexto da saída

  • O que levou à sua saída da empresa X? Foi uma decisão sua ou da empresa?

  • O que você buscava ao sair? Conseguiu encontrar?

  • Houve fatores externos que influenciaram sua permanência, como reestruturações ou mudanças na gestão?


2. Contribuições e impacto

  • Quais foram suas principais entregas, mesmo em um período curto?

  • Como foi sua performance e que tipo de feedback recebeu?

  • Conseguiu concluir algum projeto ou atingir alguma meta relevante?


3. Padrão ou exceção?

  • O que você considera essencial para permanecer mais tempo em uma empresa?

  • O que ainda não encontrou no mercado que te faria construir uma trajetória mais longa?


4. Fit com a cultura e a função

  • O que essas experiências te ensinaram sobre adaptação?

  • Se pudesse refazer alguma dessas transições, faria algo diferente?


Recrutamento de verdade exige investigação, não julgamento. Porque entre um currículo perfeito e um profissional incrível, eu prefiro contratar quem realmente faz a diferença.


E você? Ainda acha que tempo de casa define competência?


Com reflexão e sem julgamentos,


Érika

 
 
 

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